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Governança Corporativa em Saúde: medidas profiláticas sem contraindicações

Atualizado: 3 de jan.

Não tem mais jeito.


A Governança Corporativa deixou de ser ferramenta de marketing e passou a ser estrutura basilar para a perenidade das corporações. Em meio a tantos escândalos de corrupções, processos judiciais e prejuízo financeiro, grandes empresas foram postas sob os holofotes da sociedade, prejudicando significativamente sua credibilidade e reputação. Vide a Lava Jato.






Hoje, a Governança Corporativa faz parte (ou deveria fazer) da estratégia empresarial das empresas do ramo de saúde em nosso país, pois, o setor vem sendo “estrangulado” pelas normativas das agências reguladoras (ANVISA, ANS), pelo aumento da judicialização e crescimento da inflação do custo médico. Diante do insustentável cenário, é necessário gerir com ética profissional, sobretudo, e criar mecanismos para manutenção da sustentabilidade organizacional e financeira da corporação.




Estudos calculam que há desperdício de 30% a 50% de recursos financeiros na área da saúde e dentre esta porcentagem, uma parcela significativa ocorre em decorrência de desvios ilegais de verba e outros atos de corrupções, o que nos leva a crer, que aquelas empresas que não se adaptarem às boas práticas de Governança Corporativa, não sobreviverão. 


Ao implementar-se as boas práticas de governança, há estabelecimento claro de hierarquia na organização, equidade no tratamento das partes relacionadas, responsabilidade social e corporativa e gestão visando a prevenção e redução de riscos. O resultado da adoção efetiva dessas boas práticas é a geração de benefícios significativos à perenidade da corporação, aumento de credibilidade, fortalecimento de sua marca, aumento de potencial competitivo no mercado, dentre inúmeros outros benefícios.


Mas como monitorar a vivência de boas práticas de governança em uma organização? Implementar internamente uma estrutura de Compliance, Gestão de Riscos, Auditoria (interna e externa), Canal de Denúncias, e um núcleo próprio (ou profissional) atuante em Governança Corporativa podem representar uma boa direção, no entanto, mais importante do que ferramentas de acompanhamento e controle, é a cultura organizacional, já que ela é o retrato fiel do que a empresa é. 


Francis Bacon (filósofo, político e um dos fundadores do empirismo) disse uma vez: “As condutas, assim como as doenças, são contagiosas”. Perfeito! Genial! Aí em 1621, ele foi afastado da política sob acusação de corrupção. Momento para refletir.


Para se estabelecer uma cultura organizacional de acordo com os princípios das boas práticas de governança, é necessário, prioritariamente, ter o ENGAJAMENTO de cada um dos envolvidos com a empresa, unido à prática diária do “querer fazer o CORRETO DE VERDADE”.


Fácil? Não.


Possível? Sempre!


(Publicado no Linkedin em 28/08/18

)

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